Simulando estar doente, um homem foi detido com diversos curativos pelo corpo enquanto pedia esmola no Distrito Federal. Ele usava uma bandagem no olho para se passar por cego, drenos no nariz e na barriga e um saco de colostomia – utilizado por pacientes que precisam exteriorizar o intestino grosso. Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o momento em que o suspeito foi “desmascarado”.
O flagrante aconteceu na sexta-feira (7), por volta de 17h30, na rodoviária do Gama. A equipe foi acionada por pessoas que passavam pelo local e suspeitaram da atitude do homem, que havia um ano já usava os curativos e pedia ajuda em dinheiro. Ele portava mais de R$ 400.
Nas imagens, que duram um minuto e meio, o policial diz querer saber se ele realmente não tinha nenhuma doença. O rapaz confirma. “Não, não tenho mesmo. É só uma corda [no pescoço].”
O PM questiona sobre a sonda e retira os curativos do corpo do homem. Ele tenta evitar a retirada da bandagem do olho, mas o policial o convence dizendo que, caso houvesse alguma doença, não haveria problemas.
“O senhor vai ser conduzido à delegacia para registro, porque não se pode fazer esse tipo de coisa”, afirma o policial no vídeo. “Pode observar, no olho dele não tem nada. Ele está usando desses artifícios para ludibriar as pessoas, para angariar dinheiro.”
O homem diz no vídeo que tem Aids e afirma que não está roubando. O caso foi registrado na 20ª DP e, como nenhuma vítima se apresentou, o detido não pode ser autuado por estelionato. Ele vai responder por vadiagem, contravenção penal que prevê até três meses de prisão.
Membro do 9º Batalhão, o aspirante Magno Pereira Santos contou que as pessoas se decepcionaram ao descobrir que ele simulava estar doente. De acordo com a Polícia Militar, ele recolhia entre R$ 300 e R$ 400 diariamente na rodoviária.
“Já fazia tempos que ele pedia dinheiro na rodoviária do Gama. O pessoal sempre ajudava ele, porque ele ficava cheio de faixas nos braços, tinha sonda no nariz e tudo. Ele ficava se passando por doente já tinha bastante tempo, mais ou menos um ano. Muita gente já o ajudou. O pessoal ficou realmente assustado com a situação”, disse Santos.
G1