A estilista Diana Ferreira, de 33 anos, mal saiu de casa com a filha Camila até que ela completasse seis meses. Essa idade passou a ser incluída na recomendação de vacinação com a explosão do surto de sarampo. Antes, a imunização era indicada só a partir de doze meses.
Diana diz ter ficado assustada com a quantidade de casos, principalmente no estado de São Paulo, que responde por 96% das notificações de sarampo no país. Sete crianças já morreram no país por conta da doença em 2019; duas dessas vítimas eram bebês. Outras seis vítimas eram adultas.
Os dados foram atualizados nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, que iniciou uma nova campanha no dia 7 e promove, neste sábado, o “Dia D” da vacinação. O foco são justamente as crianças com menos de cinco anos. O esforço de imunização no fim de semana é uma tentativa do governo de aumentar a cobertura vacinal para a doença.
— Fiquei com medo de ela pegar sarampo. Meus outros dois filhos já estão vacinados, mas não sei das outras pessoas. Por isso, evitei sair ou ir a lugares fechados, sem ventilação. E, assim que ela fez seis meses, trouxe para vacinar, conta a mãe, na sala de espera de um posto de saúde em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista.
O surto de sarampo não só levou a mudanças no protocolo de vacinação como chamou a atenção para um grupo especialmente vulnerável, formado por crianças menores de cinco anos. Continue reading