Câmara de Carnaíba rejeita projeto do prefeito que pretendia criar cargos comissionados


Na sessão ordinária desta quarta-feira (06) a Câmara de vereadores de Carnaíba rejeitou o Projeto de Lei de autoria do prefeito do município que pretendia criar mais cargos comissionados na prefeitura. Nem mesmo os vereadores da base aliada quiseram se expor perante a sociedade carnaibana e, por falta de quórum, a proposta não passou.

Depois de nomear na última sexta-feira (1) o agora aliado Luiz Alberto para o cargo de “Diretor de Administração Financeira”, na Secretaria Municipal de Administração [cargo que já existia e estava vago], o prefeito ainda tentou a aprovação na câmara da criação de mais dois cargos comissionados para beneficiar mais aliados.

Assim como fez com Luiz Alberto que é ex-vereador e foi vice na chapa de Didi da Felicidade em 2016 [derrotada pelo atual prefeito], mas que migrou da oposição para a base do governo pouco tempo depois, o gestor pretendia dar acomodação também a Geovani Adriano, ex-vice-prefeito do município [gestão de Zé Mário Cassiano], como Diretor de Acompanhamento de Obras com salário de R$ 1.500,00.

Segundo analistas políticos consultados pela nossa reportagem, a proposta do prefeito causava constrangimento aos vereadores da própria base, uma vez que claramente fazia política partidária com recursos públicos, dando cargos a aliados de olho nas eleições do ano que vem. A bancada de vereadores ligada ao prefeito não encontrou ambiente para aprovar o projeto, uma vez que opinião pública anda vigilante no município, e o vereadores levaram em conta o fato de que ano que vem tem eleições municipais.

Sobre cargos, vale lembrar que a prefeitura realizou concurso no começo deste ano, depois que o MPPE (Ministério Público de Pernambuco) pressionou a gestão ao avaliar como suspeito um processo de Seleção Simplificada, porém não disponibilizou naquele certame as vagas que pretendia criar agora [o que levanta o questionamento da necessidade].

A bancada de oposição, que têm maioria na Casa Major Saturnino Bezerra, já contabilizava votos suficientes para a rejeição da proposta se ela fosse apresentada.