As alterações do sistema previdenciário de Pernambuco, propostas pelo governo do Estado através de um Projeto de Lei Complementar (PLC) encaminhado à Assembleia Legislativa (Alepe), já geram embates entre algumas categorias de servidores públicos estaduais, antes mesmo da proposta começar a tramitar efetivamente no Legislativo. Os dois pontos em questão são: o aumento da alíquota recolhida, que passa de 13,5% para 14%; e a criação do sistema de capitalização, o Funaprev, cujo valor das aposentarias não poderia ultrapassar o teto do INSS (R$ 5.839,45).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, a reforma estadual vem para confirmar a tese “de que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”. “Para quem teve 4,17% de reajuste no ano de 2019, parcelado em duas vezes, uma perda de 0,5% não é nada agradável. Com relação à capitalização, é preciso pagar duas vezes para ter uma remuneração menos ruim”, criticou Melo, explicando ainda que o Sintepe se reunirá nesta terça-feira (26) para tratar do tema.
O Sindicato dos Policias Civis (Sinpol) também irá se reunir hoje para debater o projeto. Segundo a instituição, o governo Paulo Câmara (PSB) está seguindo “na contramão dos interesses dos servidores públicos e rasgando o próprio discurso de oposição à reforma da Previdência proposta pelo governo federal – a mesma que atacou a aposentadoria de todo trabalhador brasileiro, especialmente os mais pobres”. O Sinpol também chama atenção para o fato de que algumas categorias não recebem reajuste salarial há 5 anos e agora terão um aumento de 0,5% na contribuição. Continue reading
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