Em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou que as guardas municipais integrem o Sistema de Segurança Pública no Brasil. A decisão foi comemorada pela Associação das Guardas Municipais do Brasil (AGMB).
Na decisão majoritária, o Plenário afastou todas as interpretações judiciais que excluíam essas instituições do Sistema de Segurança Pública. Prevaleceu o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator, que destacou jurisprudência do Tribunal sobre a matéria.
Avaliação psicológica igual a avaliação física
Pensando nessa nova realidade da Guarda Municipal, o Instituto IGEDUC – uma das maiores bancas realizadoras de concursos públicos no país – adotou a avaliação psicológica dos candidatos como etapa obrigatória do certame.
Nos editais, estão previstos que uma das funções ao cargo está: “A orientação à população sobre qualquer fato ou circunstâncias que lhe possa trazer prejuízos ou perigo” e ainda: “Tratar com cuidado, calma e paciência os loucos e ébrios, crianças e adolescentes, na qualidade de infrator, detendo-os e apresentando-os à autoridade competente, quando se tornarem inconvenientes na vida pública”.
A psicóloga Simone Faria dos Santos – que integra a equipe multidisciplinar do Instituto Igeduc e participa de avaliações psicológica em todo Brasil – diz ser fundamental que a avaliação psicológica dos candidatos ao cargo de Guarda Municipal integre todos os editais abertos, para que em paralelo aos testes de aptidão física, tenha-se o perfil de um candidato alinhado com as suas funções.
“O que percebo é que nessa fase, podemos constatar que alguns candidatos apresentam alguns problemas temporários, a exemplo de crise de ansiedade, principalmente pós período da pandemia. Isso pode afetar – futuramente – o cumprimento do seu dever como agente de segurança pública”, diz a psicóloga.