Nenhuma das pessoas que estavam com os animais apresentaram documentação que comprovava serem criadoras credenciadas ou que receberam permissão do Ibama para mantê-los em casa, o que é uma exigência legal. E ainda não tinham nota fiscal dos bichinhos. No Brasil, o Ibama autoriza a compra e venda de dois gêneros de macacos: o macaco sagui e o macaco prego.
As exigências protegem os bichos dos abusos comuns do comércio ilegal de animais selvagens, bem como dos maus-tratos, cuidados inadequados e abandono que muitas vezes sofrem quando são criados por pessoas que desconhecem suas necessidades especiais. Além de ser crime previsto na Lei Ambiental nº 9.605, quando animais silvestres são mantidos como ‘pets’ de forma irregular, acaba ainda contribuindo para a promoção do tráfico de animais.
Disque Denúncia
Felizmente esse não foi o destino do macaco prego resgatado em Sertânia. Ele foi cuidadosamente acolhido e levado pela equipe da CPRH para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) Tangara. Lá, além de carinho, Chico recebe os cuidados de biólogos e veterinários. Ele precisará passar por avaliações e exames, até que dependendo de sua recuperação, seja avaliada a possibilidade de soltá-lo em seu habitat natural.
Qualquer informação sobre comércio ilegal de animais silvestres pode ser repassada para o serviço 191 da PRF ou 162 para falar com a Ouvidoria Ambiental.