Conselheira tutelar baleada em Angelim morre em hospital de Garanhuns; prefeitura decreta luto

A conselheira tutelar de Angelim, Rosimere Bizzaria da Silva Barbosa, de 42 anos, morreu, nesse domingo (8), no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, para onde foi levada em 28 de novembro, quando foi baleada durante uma abordagem criminosa.

Meirinha, como era conhecida em Angelim, cidade do Agreste de Pernambuco em que atuava, havia saído de casa para levar a filha para a escola quando foi alvo de disparos de arma de fogo. A conselheira foi atingida no tórax.

Ela foi socorrida e passou por cirurgias no Hospital Dom Moura, mas não resistiu e morreu após passar 11 dias internada na unidade de saúde. 

Por meio de comunicado publicado nas redes sociais, a Prefeitura de Angelim lamentou a morte de Rosimere e decretou luto oficial de três dias.

"Meirinha foi abnegada e incansável defensora dos direitos das crianças e adolescentes em nossa comunidade. Seu trabalho como conselheira tutelar foi marcado pela seriedade, empatia e compromisso com os mais vulneráveis", afirmou a gestão municipal, em nota de pesar. 

A Secretaria de Saúde de Angelim informou, também pelas redes sociais, que foi decretado ponto facultativo nesta segunda-feira (9) para que fossem prestadas as últimas homenagens à conselheira. 

A Polícia Civil de Pernambuco investiga o crime por meio da Delegacia de Angelim. Um inquérito policial foi aberto, e as diligências seguem em andamento.

"Mais informações serão repassadas após a elucidação dos fatos", informou a corporação.

Repúdio de ministério
Após o crime, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Coordenação Geral de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos, emitiu nota para repudiar e lamentar "a grave violência sofrida pela conselheira tutelar Rosimere Bizzaria da Silva Barbosa".

O MDHC se solidariza com a conselheira tutelar, manifesta apoio a familiares e amigos, bem como aos cidadãos da cidade de Angelim e do Estado de Pernambuco. O ministério entende que atos de violência praticados contra esses profissionais se constituem em ataques diretos ao próprio Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Portanto, é imprescindível que as autoridades locais imprimam o devido rigor à investigação [...] e promovam medidas que assegurem o exercício pleno das atividades de conselheiros tutelares, para que situações como esta não se repitam", diz trecho do comunicado.