A operação revelou um esquema que causou prejuízo estimado em R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos. Segundo as investigações, os integrantes da rede recebiam pagamentos provenientes de recursos desviados por meio de contratos de serviços inexistentes, criando um sofisticado mecanismo de financiamento para a propagação de desinformação eleitoral.
De acordo com informações da TV Integração, a Polícia Federal expediu mandados para dois imóveis do cantor. Um deles foi cumprido na residência onde Cristiano mora. O segundo mandado não pôde ser executado porque o local é habitado por uma pessoa que não é alvo da investigação em curso.
Procurado pela imprensa, o advogado do artista, João Carlos Torres Quirino, afirmou que não poderia prestar declarações devido ao sigilo das investigações. Ele acrescentou que ainda está analisando detalhadamente as acusações imputadas ao seu cliente.
Até o momento, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em cinco municípios diferentes: Itaguaí, Cabo Frio, Mangaratiba e Rio de Janeiro, no estado fluminense, além de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A PF informou que, nesta fase da operação, não foram expedidas ordens de prisão contra nenhum dos investigados.
A disseminação de notícias falsas durante períodos eleitorais tem se tornado um desafio crescente para as autoridades brasileiras. O uso de algoritmos nas redes sociais pode contribuir para a rápida propagação desses conteúdos, criando o que especialistas chamam de “bolhas de informação”. Estas bolhas reduzem drasticamente o contato das pessoas com conteúdos diversos, facilitando a manipulação da opinião pública.
Essa não é a primeira operação da Polícia Federal contra redes de desinformação eleitoral no Brasil. Em 2024, investigações da PF resultaram em indiciamentos relacionados a tentativas de manipulação da opinião pública e ataques às instituições democráticas. Especialistas apontam que, quando figuras públicas participam desses esquemas, o alcance e o impacto das fake news se multiplicam devido à influência dessas personalidades.
A Polícia Federal não divulgou detalhes sobre o papel específico de cada investigado no esquema, mantendo em sigilo os próximos passos da operação. O objetivo principal da “Teatro Invisível 2” é recuperar os bilhões desviados dos cofres públicos e desarticular completamente a rede de desinformação eleitoral.